Greve de professores completa 111 dias

05/09/2012 14:17

A greve dos professores das universidades federais continua, informou nessa segunda-feira o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior). A paralisação que já dura 111 dias.

No Rio, a única que já tem data confirmada para a volta às aulas é a UFRJ. Os cerca de 40 mil alunos retomam as atividades na próxima segunda- feira. A UFF (Universidade Federal Fluminense), UFRRJ (Universidade Federal Rural) e a InuRio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) permanecem em greve.

Para o Andes, a situação para reabertura das negociações ficou difícil e pede para que novas assembleias gerais sejam feitas até quinta-feira para definir uma decisão unificada de continuidade ou não da greve. Hoje será a vez dos professores da UFF e do Colégio Pedro 2º. Apesar disso, mesmo que a greve não se mantenha, o sindicato solicita que as entidades não suspendam a mobilização pela reabertura das negociações com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Em todas as instituições o calendário de aulas só será regularizado em 2014. “É a partir desse ano que tudo será normalizado. Vai haver efeito no calendário do ano que vem, mas vamos recompondo e no 2º período de 2013 teremos condições de fazer um semestre quase normal”, avaliou o professor José Henrique Sanglard, diretor da AdufRJ (Associação de Docentes da UFRJ), seção sindical do Andes.

Para repor as aulas perdidas com a greve mais longa da instituição, a UFRJ vai elaborar amanhã um novo calendário acadêmico. O reitor Carlos Levi afirmou, em nota, que medidas administrativas serão tomadas para que o retorno “transcorra com tranquilidade” e evite “qualquer tipo de prejuízo à formação dos alunos”. A previsão é que a reposição seja feita em cinco semanas, incluindo aulas aos sábados e em horários extra grades, para que “a carga horária das disciplinas seja integralmente cumprida”.

O 2º semestre terá início imediatamente depois, mas haverá recesso de 22 de dezembro a 20 de janeiro. Para não prejudicar o ensino, Sanglard recomenda que, na tentativa de recuperar o tempo perdido, os alunos não aumentem a carga horária de forma excessiva: “É preciso ver com os professores a melhor maneira de completar a disciplina. Não aumentar a carga semanal para terminar antes, para não atropelar o ensino. Isso tem que ser feito com cuidado e de comum acordo”. 
 

FONTE: BAND

https://www.band.com.br/noticias/educacao/noticia/?id=100000530691